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Postado em: 26/09/2023 - 08:27 Última atualização: 26/09/2023
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Varejo com baixo crescimento, mas com exceções. Por que? 2d6n6o

Silvio Gonçalves de Souza – economista com pós-graduação em gestão e consultor empresarial 665nh

Certa vez, eu ouvi numa palestra uma frase muito apropriada para momentos de incertezas econômicas ou de instabilidade nos negócios: “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. A interpretação desta frase leva alguns empresários a mudarem de atitude, buscando alternativas para reverter o desempenho insuficiente das vendas. Enfim, vestem a “carapuça” e procuram sair da mesmice, marasmo, falta de criatividade e apatia. Outros até tentam mudar a realidade do seu negócio, todavia, esbarram em condições desfavoráveis de mercado, que muitas vezes se constituem em verdadeiras barreiras para a recuperação das vendas, mesmo praticando margens de lucro mais baixas e até mesmo vendendo com prejuízos. E há aqueles que não fazem nada de diferente, esperando que o mercado volte à normalidade.

No Brasil dos dias atuais, quem está “vendendo lenços” e quem está “chorando”?

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 15, que o volume de vendas do comércio varejista no Brasil cresceu 0,7% em julho com relação a junho, após ter crescido 0,1% no mês anterior. Uma boa recuperação, diga-se de agem. Se compararmos com julho de 2022, houve uma alta de 2,4%. De uma certa forma, um resultado razoável. Porém, se a análise se concentrar no desempenho dos últimos 12 meses, o varejo cresceu apenas 1,6%.

Ao estratificarmos os dados acima por segmentos, levando em consideração o desempenho de julho comparativamente a junho, temos os seguintes resultados no que se refere ao volume de vendas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (crescimento de 11,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (+8,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,1%). Em contrapartida, outros segmentos registraram queda: tecidos, vestuário e calçados (-2,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%); móveis e eletrodomésticos (-0,9%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%).

Se ampliarmos a análise para o chamado comércio varejista ampliado, que engloba também veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas de julho foi 0,3% menor do que junho. Veículos e motos, partes e peças despencaram 6,2%, valendo destacar que houve um grande impacto com o fim dos estímulos governamentais.  O segmento de material de construção teve variação positiva de apenas 0,3%.

O resultado das vendas do varejo em julho, mostra a mesma realidade dos meses anteriores, com o desempenho mais forte nas atividades relacionadas à renda e mais fraco naquelas que dependem do crédito, conforme observam os economistas. Por um lado, o momento de aquecimento relativo do mercado de trabalho, acompanhado de um pequeno crescimento da renda, impacta positivamente a venda de alguns segmentos. Por outro, o cenário contracionista provocado pelos juros altos traz efeitos negativos sobre outros setores.

Os números do IBGE mostram que os segmentos que apresentaram alta, são aqueles em que o consumo está concentrado, em sua maioria, nas vendas de itens essenciais. É possível inferir que o atual cenário, marcado por juros altos, endividamento elevado das famílias e crédito restritivo, leva tanto as empresas como as famílias a optarem por uma atitude conservadora ao consumirem.

Os analistas de mercado, de modo geral, projetam um cenário persistentemente desafiador para o comércio nos próximos meses. Os juros, mesmo após a redução em 0,5% na taxa Selic, bem como o alto endividamento das famílias, continuarão a exercer um papel de freio nas vendas dos setores que dependem do crediário e financiamentos. Por outro lado, os segmentos ligados diretamente à renda serão beneficiados pelo processo de desinflação, em especial de alimentos e bens industriais.

Esteja o empresário atuando num segmento que é sensível à renda ou num altamente influenciado pelo crédito, cabe a ele observar que muitos fatores não estão sob o seu controle, porém que há vários outros que podem ser influenciados pelas suas atitudes e decisões. Aí entra a figura ilustrativa do lenço, que deve estar presente na sua lembrança, para que ele escolha de que lado deve ficar, mesmo em tempos difíceis e incertos.

Silvio Gonçalves de Souza – economista com pós-graduação em gestão e consultor empresarial

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